quarta-feira, 26 de setembro de 2012


A NOSSA IMAGINAÇÃO


Costuma-se dizer que as pessoas que não usam a imaginação vivem esta existência apenas uma só vez, ou seja, elas não têm capacidade e nem visão, ainda que hipotética, de rever situações mentais que possam aliviar suas agruras da vida simples que levam.
Em outras palavras, se elas levam uma vida difícil e sem muito futuro, poucas são aquelas que se preocupam no sentido de ter idéias e/ou fantasiar situações que possam amenizar um pouco suas amargas existências. Mas ao invés disso, a maioria fica se maldizendo ou culpando os outros pela falta de sorte.
Certo escritor uma vez disse: “podem até me colocar na cadeia, impedir minha liberdade de locomoção. Mas não podem refrear minha capacidade de imaginar. Meu corpo pode estar preso numa cela, mas meus pensamentos voam pelos parques, pelas avenidas e pelas cidades, nas quais minha fantasia pode desfrutar agradáveis momentos nas montanhas ou nas praias.”
Por outro lado, também não queremos dizer que se deva viver do imaginário, do ilusório, do suposto, mesmo que seja para minimizar momentos de crise. Todavia, queremos enfatizar que nesses instantes difíceis, não devemos nos desesperar ou entrar em pânico.
Perder as estribeiras, como se diz familiarmente, é tornar a situação pior do que está, com graves riscos materiais e até possível iminência de morte. Às vezes, a vida nos apresenta surpresas que nem a mais brilhante imaginação consegue superar; em outras situações, uma fértil imaginação pode nos livrar de momentos perigosos para os quais ocasiões algo absurdas possam parecer verídicas.
Isso, ao menos, é o que depreendemos do nosso conto semanal: Um senhor muito rico vai à caça na África e leva consigo um cachorrinho para não se sentir tão só naquelas regiões. Um dia, já na expedição, o cachorrinho começa a brincar de caçar mariposas e quando se dá conta já está muito longe do grupo do safári.
Nisso vê que vem perto uma pantera correndo em sua direção. Ao perceber que a pantera irá devorá-lo, pensa rápido no que fazer. Vê uns ossos de um animal morto e se coloca a mordê-los. Então, quando a pantera está a ponto de atacá-lo, o cachorrinho diz: – Ah! que delícia esta pantera que acabo de comer.
A pantera pára bruscamente e sai apavorada correndo do cachorrinho e vai pensando: – Que cachorro bravo, por pouco não come a mim também. Um macaco que estava trepado em uma árvore perto e que havia visto a cena, sai correndo atrás da pantera para lhe contar como ela foi enganada pelo cachorro.
Mas o cachorrinho percebe a manobra do macaco. O macaco alcança a pantera e lhe conta toda a história. Então, a pantera furiosa, diz: – Cachorro maldito vai me pagar... agora vamos ver quem come quem... – Depressa, disse o macaco. Vamos alcançá-lo. E saem correndo para pegar o cachorrinho.
Este vê que a pantera vem atrás dele e desta vez traz o macaco montado em suas costas. – Ah, macaco desgraçado... O que faço agora? Pensou o cachorrinho. Então ao invés de sair correndo, fica de costas como se não estivesse vendo nada, e quando a pantera está a ponto de atacá-lo de novo, o cachorrinho diz:
– Maldito macaco preguiçoso, faz meia hora que mandei trazer uma outra pantera e ele ainda não voltou. Moral da história: Albert Einstein já dizia: “Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento”.   

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