A NOSSA
IMAGINAÇÃO
Costuma-se
dizer que as pessoas que não usam a imaginação vivem esta existência apenas uma
só vez, ou seja, elas não têm capacidade e nem visão, ainda que hipotética, de
rever situações mentais que possam aliviar suas agruras da vida simples que
levam.
Em outras
palavras, se elas levam uma vida difícil e sem muito futuro, poucas são aquelas
que se preocupam no sentido de ter idéias e/ou fantasiar situações que possam
amenizar um pouco suas amargas existências. Mas ao invés disso, a maioria fica
se maldizendo ou culpando os outros pela falta de sorte.
Certo escritor
uma vez disse: “podem até me colocar na cadeia, impedir minha liberdade de
locomoção. Mas não podem refrear minha capacidade de imaginar. Meu corpo pode
estar preso numa cela, mas meus pensamentos voam pelos parques, pelas avenidas
e pelas cidades, nas quais minha fantasia pode desfrutar agradáveis momentos
nas montanhas ou nas praias.”
Por outro
lado, também não queremos dizer que se deva viver do imaginário, do ilusório,
do suposto, mesmo que seja para minimizar momentos de crise. Todavia, queremos
enfatizar que nesses instantes difíceis, não devemos nos desesperar ou entrar
em pânico.
Perder as
estribeiras, como se diz familiarmente, é tornar a situação pior do que está,
com graves riscos materiais e até possível iminência de morte. Às vezes, a vida
nos apresenta surpresas que nem a mais brilhante imaginação consegue superar;
em outras situações, uma fértil imaginação pode nos livrar de momentos
perigosos para os quais ocasiões algo absurdas possam parecer verídicas.
Isso, ao
menos, é o que depreendemos do nosso conto semanal: “Um senhor muito rico vai à caça na África e leva consigo um
cachorrinho para não se sentir tão só naquelas regiões. Um dia, já na
expedição, o cachorrinho começa a brincar de caçar mariposas e quando se dá
conta já está muito longe do grupo do safári.
Nisso vê que
vem perto uma pantera correndo em sua direção. Ao perceber que a pantera irá
devorá-lo, pensa rápido no que fazer. Vê uns ossos de um animal morto e se
coloca a mordê-los. Então, quando a pantera está a ponto de atacá-lo, o
cachorrinho diz: – Ah! que delícia esta pantera que acabo de comer.
A pantera pára
bruscamente e sai apavorada correndo do cachorrinho e vai pensando: – Que
cachorro bravo, por pouco não come a mim também. Um macaco que estava trepado
em uma árvore perto e que havia visto a cena, sai correndo atrás da pantera
para lhe contar como ela foi enganada pelo cachorro.
Mas o
cachorrinho percebe a manobra do macaco. O macaco alcança a pantera e lhe conta
toda a história. Então, a pantera furiosa, diz: – Cachorro maldito vai me
pagar... agora vamos ver quem come quem... – Depressa, disse o macaco. Vamos
alcançá-lo. E saem correndo para pegar o cachorrinho.
Este vê que a
pantera vem atrás dele e desta vez traz o macaco montado em suas costas. – Ah,
macaco desgraçado... O que faço agora? Pensou o cachorrinho. Então ao invés de
sair correndo, fica de costas como se não estivesse vendo nada, e quando a
pantera está a ponto de atacá-lo de novo, o cachorrinho diz:
– Maldito
macaco preguiçoso, faz meia hora que mandei trazer uma outra pantera e ele
ainda não voltou.” Moral da
história: Albert Einstein já dizia: “Em momentos de crise, só a imaginação é
mais importante que o conhecimento”.
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