CONFIE MAIS
Não há nada
pior neste mundo do que a falta de confiança. Quando não acreditamos em alguém,
passamos atestado de suspeição, ou seja, por mais honrada que seja a pessoa,
não a achamos digna das nossas atenções e tampouco confiamos coisas e/ou nossas
vidas a ela.
As pessoas
costumam perguntar: como é possível confiar em alguém que a gente mal conhece,
quando às vezes somos traídos por pessoas dentro do nosso círculo familiar,
amigos ou conhecidos de longos anos? Não há como negar esse fato, mas nem por
isso devemos ficar sempre com um pé atrás desconfiando de tudo e de todos.
Embora o bom
senso nos diga que cautela nunca é demais, é obrigação nossa enfrentar as
situações desarmados, quando se trata de sentimentos humanos. Se conhecemos a
reputação de alguém e esta não é boa, então até justifica-se ficarmos na
defensiva. Ao contrário, estaremos dando margens a suposições indignas quanto ao caráter da
pessoa.
Se ela
soubesse desse nosso comportamento mental, certamente ficaria ofendida, assim
como nós também nos sentiríamos se alguém fizesse a mesma coisa. Na verdade,
temos que dar créditos favoráveis às pessoas, pois ninguém em sã consciência
imagina prejudicar seu semelhante, salvo seres humanos de má índole.
Estes podem se considerar cartas fora do
baralho no jogo da vida espiritual, porque quando chegar a hora da colheita,
com absoluta certeza o joio será separado do trigo. A falta de confiança entre
os seres humanos quase sempre gera uma espécie de conflito mental, fazendo com
que as pessoas vivam numa espécie de dúvida eterna.
A rigor, não é
somente uma questão de confiar ou desconfiar. Trata-se mais de se entregar, ou
seja, é preferível que estejamos enganados no bom sentido do que no mal
sentido, ou seja, se duvidamos e a pessoa é de confiança, enlameamos a
reputação dela injustamente; mas se ela não merece confiança e mesmo assim nós
acreditamos nela, então ninguém poderá pôr culpa em nosso julgamento moral.
Uma das coisas
que mais calam profundamente nas almas das pessoas, é justamente o laço de
amizade baseado na confiança que as une. É independente se os vínculos são
consangüíneos ou não, ou seja, não importa o grau de parentesco, pois é notório
e público que há famílias nas quais faltam a amizade e a confiança.
Todos nós
sabemos que há pais que não são amigos de seus próprios filhos, assim como há
maridos que não confiam em suas esposas, ou seja, esses laços familiares na
maioria das vezes estão unidos pelo vínculo da obrigação social, que mantido
como uma marionete, dança a valsa desta sociedade hipócrita e fingida.
Como exemplo,
há alguns meses, certa senhora nos confidenciou que seu marido teria lhe dito
na cara, que não emprestava a chave de seu (dele) carro, por não confiar nela.
Isso a deixou prostrada e ferida em seus sentimentos. O que mais doeu é não
saber o motivo específico pela recusa da chave, pois a esposa é pessoa de total
responsabilidade.
Nossa história
semanal vai mostrar o porquê dos pais serem respeitados pelos filhos: “Uma vez aconteceu um incêndio de
grandes proporções num prédio. Os bombeiros chegaram e evacuaram o edifício.
Quando pensaram que tudo estava sob controle, ouviram um grito desesperado. Era
uma criança na sacada do décimo andar.
Não havia mais jeito de entrar no prédio para
salvar o menino; a única solução seria pedir que a criança pulasse. Os
bombeiros estenderam a rede e pediram que ele se jogasse. Mas o menino não
tinha coragem. Foi quando, no meio da multidão, apareceu seu pai. Desesperado
ao ver o filho lá em cima, abriu os braços e disse: – Pule, meu filho, o papai
vai pegá-lo aqui embaixo. No mesmo instante o menino se atirou e foi salvo.
Moral da
história: há momentos na vida em que só a confiança e a entrega podem trazer a
solução do problema. Existem situações que só podem ser solucionadas se nos jogarmos
nos braços do Pai”.
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