sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O BOLO DA VIDA


Se pararmos um pouco para pensar, podemos facilmente chegar à conclusão de que a nossa vida nada mais é do que um enorme bolo. Seu formato e conteúdo é determinado pelas nossas ações, palavras e pensamentos. Os ingredientes pelos quais vai sendo recheado resultam no tipo de conduta que levamos na sociedade, no trabalho, nas diversões e na família.
Esse pensamento nos leva a uma certeza fática: a de que comemos o tipo de bolo que nós mesmos preparamos, ou seja, se adicionamos ingredientes de inveja, de ódio, de raiva, de vaidade ou orgulho, teremos que saborear uma guloseima um tanto agridoce ou amarga, se esse preparo resultar numa espécie de mistura na qual as substâncias se alternam, ora para amabilidade, ora para grosseria.
A vida certamente será mais difícil se nos inclinarmos para atitudes negativas, nas quais nosso pensamento visa obter cada vez mais vantagens para o nosso lado, esquecendo-se de que a abnegação e a solidariedade são sentimentos cujos ingredientes somente fazem o bolo de nossas vidas mais saboroso. Quem não entender isso, dificilmente compreenderá por que na vida sofremos reveses sem que aparentemente tenhamos dado causa.
As pessoas costumam dizer: “mas que droga! Eu não roubei nem matei ninguém, no entanto, parece que tudo dá errado para mim”. É verdade, centenas de milhares de seres humanos pensam assim. Mas será mesmo que elas não mataram e nem roubaram? Ou será que elas imaginam que matar e roubar somente acontece no plano físico.
Seria salutar para suas almas que revejam esse tipo de conceito, porque pelas leis espirituais, os pais matam um pedacinho do sentimento das crianças, toda vez que com rispidez (não importam os motivos) não atendem a uma solicitação delas. Por mais que estejamos atarefados e sobrecarregados de problemas materiais, não temos o direito de sermos rudes e grosseiros para com as crianças. Elas não têm culpa se nossos pais não nos ensinaram educação e respeito.
E como fica a situação daquelas pessoas cujas vidas profissionais patinam, (estufam os peitos orgulhosas porque não são assassinas e nem ladras) mas tramam mentalmente ou por meio de influência para tomar a vaga ou posto superior do colega de trabalho? Não mataram fisicamente, mas o fizeram animicamente, desejando de forma egoística um lugar que talvez nem capacidade intelectual e moral tivessem para o cargo.
E quantos crimes de lesa-alma não são cometidos quando o assunto envolve relações amorosas? Diz-se que no amor e na guerra vale tudo. Claro que vale, mas com atenuantes e agravantes, ou seja, também nos sentimentos da paixão, formamos o bolo da nossa felicidade de acordo com os ingredientes que nele colocarmos. Assim, se pusermos a mentira, a perfídia, a desonestidade, pela lei da reciprocidade usufruiremos de seu cozimento acre.
Nossa história semanal reflete de forma clara e objetiva que quanto mais carinho colocarmos nos ingredientes do bolo de nossa vida, tanto mais gosto teremos em saboreá-lo: Alice era uma criança que gostava de ajudar sua mãe a fazer bolo. Enquanto a mãe ia selecionando os ingredientes que pretendia utilizar, a menina prestava muita atenção em todo o material que era usado e deixava o bolo apetitoso.
Ela aprendeu que, quanto mais ingredientes tinha o bolo, mais gostoso ele ficava. Quando Alice cresceu, aonde quer que ela fosse ficava conhecida por saber fazer bolos deliciosos e, nos aniversários de parentes e amigos, era muito solicitada para confeccioná-los. Ao perguntarem a Alice qual era o segredo dos seus bolos, o que é que os fazia tão saborosos, ela respondia:
– O segredo está em saber misturar e aproveitar os ingredientes. Depois... é só saboreá-los. Moral da história: também a vida é assim... como um grande bolo, com inúmeros ingredientes de sabor e consistência diferentes. Se o bolo irá ficar saboroso ou não, vai depender de como serão aproveitados os ingredientes.





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