sábado, 11 de agosto de 2012

OS DESCONFIADOS


Desconfiança é um sentimento que às vezes surpreende todos nós, quando a partir de um momento descobrimos que fomos enganados a respeito de um fato que acreditávamos fosse verdadeiro. Quando isso ocorre, temos certeza de que a pessoa que nos contou algo inverídico utilizou-se da mentira.
 A mentira é uma qualidade negativa no caráter das pessoas. Pouco importa se ela é ‘inofensiva’ como querem alguns ou carregada de motivos altamente prejudiciais. Quem gosta de pregar mentiras, mesmo por brincadeira, acaba ficando estigmatizado, perde a credibilidade e a confiança naquilo que diz ou faz.
É bastante conhecida aquela história do menino que gostava de pregar peças mentirosas nos colegas, ao pedir socorro porque estava sendo atacado por lobos na floresta. Quando a turma chegava para atendê-lo, ele caía na gargalhada,  zombando da ingenuidade dos amigos.
Um belo dia, por uma dessas fatalidades do destino, ele realmente acabou sendo vítima de uma alcatéia. Apesar de seus berros e gritos por ajuda, foi impiedosamente devorado, sem que ninguém o socorresse. Os amigos, cansados de cair em suas lorotas, não mais acreditavam nele, pois achavam que tudo não passava de mais uma brincadeira tola.
Na verdade, não devemos praticar nem mesmo a mentira considerada ‘inocente’, ou seja, aquela que não traz prejuízos físicos e tampouco morais, posto que, entendem alguns que é somente utilizada para brincadeiras ou pura diversão.
 Isso porque, os seres humanos são inseguros quanto a seus sentimentos e, às vezes, mesmo tendo certo conhecimento das pessoas, o gérmen da dúvida implanta-se na alma. Isso faz com que nós criemos barreiras mentais, pois nem todas as pessoas gostam de ter suas credibilidades postas à prova por causa de uma mentirinha.
Há momentos na vida em que os preços a pagar são altos. Nossa história da semana é baseada em entrevistas, anotações e na literatura sobre as diferenças dos sexos, da psicóloga norte-americana, Lillian Glass, Ph.D., uma das maiores especialistas em comunicação entre homens e mulheres: Vivien e Raymond se conheceram quando ela estava fazendo faculdade.
Ela tinha uma personalidade muito forte e viva, sendo difícil de lidar. Raymond disse isso a ela no primeiro encontro. Espontaneamente, ela respondeu: – Bem, se você pensa que sou dinâmica e agitada, deveria ver minha irmã gêmea. Ela não tinha uma irmã gêmea, mas disse aquilo de brincadeira.
Já que Raymond estava tão espantado com sua personalidade, ela pensou, imagine o que diria se existissem duas iguais a ela. Foi apenas um comentário de impulso. Ele riu e disse: – Meu Deus, duas de você. Não consigo nem imaginar! Então os dois iniciaram um relacionamento alegre e divertido.
Um mês depois, ele perguntou a ela sobre a irmã gêmea. ‘Gêmea?’, ela perguntou. ‘É, você disse que tinha uma irmã gêmea.’ ‘Ah’, ela riu, ‘eu só estava brincando’. Raymond desinteressou-se imediatamente e terminou o namoro – nunca mais telefonou porque ela mentira.
Mesmo uma mentira tão inocente como aquela, para ele era uma mentira e ele perdeu toda a confiança. Portanto, cuidado com os exageros quando estiver perto de um homem, mesmo quando são apenas brincadeira.
Moral da história: para a maioria dos homens não existe ‘mentira inofensiva’. Quando eles descobrem que você mentiu (mesmo que inocentemente), questionarão para sempre se você é realmente confiável.





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